A tradução de accountability para o português é de certa forma controversa ou, talvez, complexa. As causas podem ser a multiplicidade de comportamentos que representam essa característica e a relevância que o termo adquiriu em vários níveis, desde o ambiente corporativo, até a postura de órgãos públicos e atores políticos.
É mais fácil (ou menos difícil) definir a expressão em português que traduzi-la. Accountability pode ser entendida como característica própria de uma pessoa que toma a frente dos projetos, age direcionada por resultados, assume a responsabilidade pelas consequências e se propõe a prestar contas das suas ações. No mundo corporativo, atribui-se essa característica a profissionais que são proativos, éticos, focados em resultados e possuem visão de dono.
Esse comportamento, que se praticado de forma institucional pode representar um valor, um dos pilares e até mesmo ser o retrato da cultura de uma organização, tem sido cada vez mais valorizado. No cenário que vivenciamos com a pandemia, a sua relevância ficou ainda mais evidenciada.
A realidade durante o isolamento social, e a que imaginamos que será a nova realidade, que vem sendo chamada de “novo normal”, trouxeram, e ainda trarão, diversos desafios para as empresas e profissionais.
Com todas as mudanças ocorridas na forma de trabalho e nas relações profissionais (que não vamos abordar aqui, já que são de amplo conhecimento de todos) quem for, ou buscar se desenvolver para se tornar, accountable, certamente terá um lugar de destaque.
Não se omitir faz a diferença e isso se aplica às pessoas e corporações. Aqueles (empresas e profissionais, sempre bom destacar) que se posicionaram, partiram para a ação, buscaram resultados mesmo diante de perspectivas desanimadoras, assumindo a responsabilidade pelos seus atos, transformaram positivamente os ambientes em que estão inseridos e se destacaram.
Sendo assim, quem ainda não desenvolveu a accountability deve começar a praticá-la o quanto antes.