Na última semana o Brasil se despediu de um dos maiores comunicadores de todos os tempos, se não o maior. Silvio Santos (Senor Abravanel) faleceu aos 93 anos de idade. Seria impossível começar um texto sobre a importância da comunicação no Direito, sem mencionar o comunicador.
A figura do advogado e da advogada sempre foi associada à arte de argumentar. Porém, no mundo atual, a habilidade de comunicação vai além das palavras eloquentes no tribunal. O(a) advogado(a) comunicador(a) não apenas domina as leis, mas também sabe como transmiti-las de maneira clara e acessível, criando pontes entre o complexo mundo jurídico e a vida cotidiana das pessoas.
Em um cenário onde a informação é abundante e a atenção é escassa, o(a) advogado(a) comunicador(a) se destaca ao traduzir termos técnicos em mensagens compreensíveis. Ele é um facilitador, capaz de descomplicar a linguagem do Direito (“Juridiquês”) e de envolver seu público com histórias que elucidam conceitos e normas, tornando o Direito mais humano e próximo.
Essa habilidade oratória é crucial não apenas na relação com os clientes, mas também no ambiente corporativo, onde a comunicação assertiva pode prevenir litígios, facilitar negociações e garantir que todas as pessoas envolvidas compreendam claramente os riscos e benefícios de cada decisão.
Além disso, no papel de advogado(a) comunicador(a), ele se torna um líder de opinião, capaz de influenciar debates públicos, educar a sociedade e defender causas com mais eficácia.
Qual é o paralelo entre um(a) advogado(a) comunicador(a) e o Silvio Santos?
Silvio Santos é amplamente reconhecido como um dos maiores comunicadores do Brasil, conhecido por sua habilidade única de cativar o público com seu carisma, linguagem acessível e humor.
O apresentador domina a arte de falar diretamente com as pessoas, fazendo com que se sintam envolvidas e valorizadas. Da mesma forma, um(a) advogado(a) comunicador(a) precisa possuir essa habilidade de comunicação eficaz. Em audiências, reuniões ou negociações, ele deve saber como apresentar seus argumentos de forma clara e persuasiva, garantindo que sua mensagem seja compreendida e tenha impacto.
Assim como Silvio Santos consegue simplificar temas complexos para sua audiência, o(a) advogado(a) precisa tornar o Direito acessível e compreensível para seus clientes.
Além disso, o apresenta é um mestre na leitura do ambiente e no ajuste de seu discurso conforme o contexto e a reação do público, demonstrando flexibilidade e empatia. Essa capacidade de adaptação é indispensável para advogados(as) comunicadores(as), que deve ler as nuances do tribunal, entender as preocupações de seus clientes e ajustar sua abordagem conforme necessário.
Enquanto Silvio Santos sabe o momento exato para injetar humor ou ser mais sério, o advogado precisa identificar quando ser mais assertivo ou conciliador, sempre buscando o melhor resultado possível. Ambos, cada um em sua área, são exemplos de como a comunicação pode ser uma ferramenta poderosa para alcançar o sucesso e criar conexões genuínas.
Ser um(a) advogado(a) comunicador(a) é, portanto, uma competência essencial no século XXI. Não basta conhecer a lei; é preciso saber comunicar suas nuances e impactos de forma que todos possam compreender e se beneficiar do direito de forma plena e justa. Assim, há muito para se aprender com o que Silvio Santos fez.