Se você chegou nesse artigo exclusivamente para saber se um “comitê de Diversidade, Equidade e Inclusão (DE&I) é realmente necessário em um escritório jurídico”, a resposta é sim. Mas nós vamos te explicar o porquê.
As discussões acerca de diversidade, equidade e inclusão na sociedade estão cada vez mais amplas e evidentes; ainda que de forma tardia. O Comitê de DE&I da Perroni Consultoria, ao longo dos últimos anos vem trabalhando forma sólida para gerar informações sobre o tema, lançando e-books como o “Glossário DE&I (Dicionário de Diversidade, Equidade e Inclusão)” e “Expressões preconceituosas para eliminar do seu vocabulário”, além de contar com inúmeros artigos sobre o tema.
Recentemente foi lançado também o projeto “Perroni Inclui”, que visa auxiliar pessoas pertencentes a grupos minorizados (gênero, gerações, origens, LGBTQIAP+ e pessoas com deficiência), através de mentoria com nossas psicólogas.
DE&I em escritórios jurídicos:
Um escritório de advocacia é uma representação da sociedade em si, e sua força reside na diversidade de perspectivas, experiências e habilidades de seus membros. A formação de um Comitê de Diversidade, Equidade e Inclusão dentro desse ambiente jurídico é não apenas relevante, mas também indispensável atualmente.
Segundo informações do último levantamento da revista Análise Advocacia, em 2023, 50% dos escritórios respondentes contavam com um Comitê de Diversidade interno. A nível de comparação, sobre a celeridade e a importância deste tema, em 2018 o número de escritórios com comitê de Diversidade não chegava a 15%.
Já não é segredo também que diretores e diretoras jurídicas, de grandes empresas no Brasil, endossam o apoio à equidade ao dizer que não contratam escritórios de advocacia sem diversidade. Além da questão financeira, a DE&I vai além da representação superficial; envolve a inclusão de diferentes origens, culturais, de gênero, orientações sexuais, idades, habilidades, formações educacionais, deficiência e pensamentos diversos.
Um Comitê de Diversidade, Equidade e Inclusão, portanto, serve como um veículo para promover e cultivar um ambiente onde todas essas diferenças são não apenas reconhecidas, mas valorizadas.
No contexto de um escritório de advocacia, a presença de um Comitê de Diversidade, Equidade e Inclusão é vital por várias razões:
- Representação Efetiva: garantir que todas as vozes, perspectivas e experiências sejam representadas e ouvidas dentro do escritório, refletindo a diversidade de clientes e comunidades atendidas.
- Fomentar a Inovação: a diversidade de pensamento e experiências impulsiona a inovação e a criatividade, o que pode levar a soluções jurídicas mais abrangentes e eficazes para os(as) clientes.
- Criação de um Ambiente Inclusivo: promover políticas e práticas que assegurem que todas as pessoas da equipe se sintam valorizados(as), respeitados(as) e incluídos(as).
- Atração e Retenção de Talentos (colaboradores(as) e clientes): a diversidade e a inclusão são cada vez mais valores-chave para profissionais em busca de escritórios que valorizem e respeitem suas identidades individuais. Não tão diferente dos(as) colaboradores(as), clientes estão cada vez mais exigentes quanto a diversidade representada pelas bancas.
O Comitê de Diversidade, Equidade e Inclusão não deve ser apenas simbólico, mas sim ativo e engajado. Suas responsabilidades incluem desenvolver políticas, programas de treinamento, estratégias de recrutamento, avaliação de práticas internas e monitoramento de metas para garantir a efetividade na promoção da diversidade e inclusão. E, por isso, é realmente necessário ter um comitê de DE&I em um escritório jurídico.