A Avaliação Psicológica no Recrutamento e Seleção

A Avaliação Psicológica no Recrutamento e Seleção

O Recrutamento e Seleção é um processo complexo, formado por uma extensa cadeia de atos que vão desde a atração de candidatos, passando pela comparação deles com os requisitos da vaga, até a escolha final. Há, portanto, uma série de critérios que norteiam a atuação do recrutador, que deve ter seu crivo baseado em um bom alinhamento de perfil, análise de currículo, entrevistas, busca de referências e, também, a avaliação psicológica, que será o principal objeto desse texto.

Definida como um exame de caráter compreensivo que tem por meta obter respostas sobre questões específicas do funcionamento psíquico, a Avaliação Psicológica, muitas vezes negligenciada, pode abranger inúmeros instrumentos (entrevistas, testes, etc) e construtos (personalidade, atenção, raciocínio, inteligência, entre outros). Em todos os casos deve ter boas bases científicas e a participação direta de um Psicólogo.

No contexto do processo seletivo, pode ser uma ferramenta valiosa, com benefícios incontestáveis na direção da melhor escolha. Alguns exemplos de fatores positivos são:
  • Aumentada possibilidade de adequação do perfil ao cargo trabalhado, visto que as funções técnicas podem ser aprendidas ao longo do tempo, porém algumas características pessoais são mais complexas de serem identificadas e desenvolvidas;
  • Direcionamento de pontos a serem melhor investigados através perguntas na entrevista e na busca por referências profissionais;
  • Auxiliar o gestor do profissional a ser contratado acerca da melhor forma de condução de feedbacks, delegação de tarefas ou mesmo o ambiente mais adequado para potencializar a performance do colaborador;
  • Entender aspectos motivadores e desmotivadores no exercício profissional, usando-os, também, como fonte de melhoria de performance;
  • Identificar grau de autonomia e independência na atuação ou viés de trabalho em equipe;
  • Características específicas de colaboração ou competitividade e
  • Capacidade de lidar com pressão e volume de trabalho.
A fim de realizar a melhor avaliação possível, é importante obedecer algumas etapas: seleção de instrumentos; aplicação; interpretação de resultados e devolutiva.

A seleção de instrumentos é feita após um correto alinhamento, na abertura de cada vaga, das principais competências esperadas para o cargo. Elas serão investigadas em entrevistas, referências e por meio da aplicação de testes. Os testes são ferramentas capazes de fornecer medidas objetivas e padronizadas de uma amostra do comportamento (Anastasi e Urbina, 2000), permitindo a comparação do candidato com essa amostra.

Caso se opte pela aplicação de testes, é importante que sejam escolhidos aqueles que contam com aprovação do Satepsi (Sistema de Avaliação de Testes Psicológicos), definidos pelo Conselho Federal de Psicologia, que avalia a qualidade técnico/científica desses instrumentos. Importante, também, que seja aplicado por profissional da Psicologia.

Feita a aplicação, os resultados serão interpretados dentro de um contexto, considerando, sempre, que não são considerados absolutos ou peremptórios. É importante que fique claro seu caráter complementar, dosado de acordo com as outras informações levantadas ao longo do processo seletivo, o estado emocional do dia da realização dos testes, eventual prejuízo de ferramentas tecnológicas no caso de aplicação online, enfim, uma série de fatores.

Após a interpretação, os resultados alcançados são debatidos diretamente com o profissional avaliado, no intuito de checar o nível de compatibilidade e identificação.  A etapa se presta a reafirmar o cuidado com os indivíduos, confirmar a seriedade e credibilidade do trabalho e fornecer ao cliente as informações mais fidedignas possíveis.

Por fim, cabe lembrar que os resultados da AP devem ser interpretados de forma dinâmica, eis que são capazes de oscilar ao longo do tempo por circunstâncias ambientais e pelo momento de vida do avaliado.

A Perroni inclui a AP como uma das etapas do processo seletivo e conta com profissionais qualificados para a entrega do melhor resultado.

 

 

 

 

 

 

Referências:

ANASTASI, A.; URBINA, S. Testagem psicológica. 7. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000

Pedro Palhares

Pedro Palhares

Graduado em Direito e graduando em Psicologia pela Universidade Fumec, Pós graduado em Mediação de Conflitos pela FGV/SP e Headhunter especializado no segmento jurídico.

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