Se você atua na área jurídica, provavelmente já ouviu as expressões “meu time administrativo”, “minha equipe administrativa” ou, pior: “o puxadinho administrativo vai cuidar desta demanda…”. Porém, algumas dúvidas paira no ar: o que é a gestão administrativa em escritórios jurídicos? O que fazer e o que evitar?
Os advogados(as), associados e sócios dos escritórios nós já conhecemos bem. De acordo com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), hoje há mais de 1,4 milhão de brasileiros que exercem regularmente a advocacia como profissão. Porém, quando se trata do setor administrativo, dentro das firmas, esses números ainda são uma incógnita.
Então, para facilitar o entendimento sobre quais são os profissionais que geralmente ocupam essas cadeiras e quais são as suas funções, traremos um recorte sobre as principais áreas que atuam no setor administrativo em escritórios jurídicos.
Principais áreas dentro do administrativo jurídico
- Financeiro: controle de contas a pagar e receber, faturamento, gestão de contratos, precificação, fluxo de caixa e indicadores financeiros.
- Departamento Pessoal e Recursos Humanos: gestão de folha, benefícios, recrutamento e seleção, desenvolvimento de pessoas, clima organizacional, cultura e employer branding. (Nesse setor, nós somos e temos a solução para o seu escritório).
- Marketing e Comunicação: gestão da presença digital, relacionamento com clientes, produção de conteúdo, fortalecimento da marca e apoio comercial.
- Tecnologia e Inovação: suporte a ferramentas jurídicas, softwares de gestão, segurança de dados, automações e soluções tecnológicas que melhorem a produtividade.
- Administrativo Operacional: gestão de facilities, compras, contratos de fornecedores, manutenção, organização de eventos e demandas gerais do dia a dia.
- Controladoria Jurídica: interface essencial entre o administrativo e os times jurídicos, responsável pela padronização de procedimentos, controle de prazos, alimentação de sistemas e gestão da rotina processual.
Hoje, a realidade de alguns escritórios jurídicos, infelizmente, não comporta uma equipe administrativa completa. Porém, há alguns erros a serem evitados para fazer com que esse setor passe do operacional ao estratégico nas bancas.
Começamos com um erro clássico, cometido principalmente por escritórios de pequeno e médio porte: centralização excessiva por parte dos sócios. Essa ação tira o foco da sua principal atividade: o trabalho jurídico.
Outro detalhe que requer atenção é a ausência de uma estrutura organizada e a falta de investimento em profissionais qualificados. A mistura de finanças pessoais com as do escritório pode ser um risco grande também.
A falta de padronização, somada ao negligenciamento do papel estratégico do setor administrativo, também pode gerar um impacto negativo na banca, perdendo, assim, inúmeras oportunidades que o setor pode gerar.
Por fim, a resistência à tecnologia, a falta de valorização dos dados e o não investimento em comunicação são sinais de que a área administrativa ainda não tem a atenção necessária.
Fica claro que o setor administrativo não é um simples apoio, tampouco um “puxadinho” dentro dos escritórios jurídicos. Eventos como o “Encontro RH jurídico – Perroni Consultoria” impulsiona e valoriza cada vez mais o papel estratégico da área. O setor é uma estrutura fundamental para garantir eficiência, sustentabilidade financeira, crescimento e posicionamento estratégico da banca.