Como Atingir a Alta Performance na Advocacia

O profundo conhecimento e amplo domínio dos temas jurídicos relacionados às áreas de atuação, ainda são alguns dos principais fatores para se medir a qualidade dos serviços na advocacia. Um profissional com boa formação, que se mantém atualizado e que possui grande experiência prática, certamente, vai conseguir atender as expectativas de seu cliente com relação à qualidade técnica das entregas.

Todavia, para ser referência de alta performance no contexto de mercado, não basta a qualificação técnica. Seja um profissional autônomo, um sócio ou advogado colaborador de um escritório de advocacia ou um profissional de jurídico interno, a alta performance só será efetiva se alcançar outras perspectivas da atividade da advocacia.

Para atingir resultados expressivos, o profissional e as organizações jurídicas devem monitorar diversos aspectos relacionados à sua atuação:

  • Planejamento
  • gestão de pessoas
  • finanças/orçamento
  • marketing (externo e interno)
  • relacionamento com o cliente (externo e interno)
  • organização (ter bons procedimentos e dados saudáveis)

E um olhar para a melhoria contínua, são alguns deles.

Quando avaliamos todos esses pontos, acima elencados, dá a impressão de que é algo aplicável apenas a grandes bancas e, parece que parte deles, não seriam relevantes e/ou mesmo viáveis para jurídicos internos, mas esta é uma percepção equivocada. Naturalmente, o nível de complexidade pode variar de acordo com algumas características do negócio, mas para se ter uma alta performance no mercado é essencial acompanhar e desenvolver os pilares acima mencionados.

Vamos citar uma situação para exemplificar a importância de dedicar atenção aos pontos acima para cada um dos “perfis base” que indicamos anteriormente: autônomo, escritório e jurídico interno.

O advogado autônomo que não possui um controle financeiro da sua advocacia como um negócio, corre grandes riscos de ter uma percepção equivocada dos seus resultados. É necessário conhecer suas receitas, os custos e despesas e medir os resultados financeiros reais do empreendimento. Caso não possua essa prática, o advogado será impactado, negativa ou positivamente, na maioria das vezes de forma errada, pela sua situação financeira pessoal.  Gastos pessoais excessivos podem gerar uma piora na percepção da performance financeira, e uma entrada de recursos extraordinários na renda familiar, por exemplo, uma melhora e, em ambos os casos não há relação com os resultados financeiros da sua atividade profissional.

Para os escritórios de advocacia, importante enfatizar a relevância da gestão de pessoas. Mesmo as bancas já tradicionais, com “placas” sólidas e grande visibilidade, devem estar atentas a isso. É essencial ter profissionais engajados, motivados e capacitados sob os aspectos técnico e comportamental. Os clientes são atendidos e se relacionam com as pessoas que integram o escritório, desde a recepção, administrativo-financeiro e área técnica. Assim, é inegável a relevância de investir nesse pilar para que a organização mantenha seus resultados consistentes.

No caso dos departamentos jurídicos, vale pontuar um aspecto que, muitas vezes, não é considerado com um aspecto relevante a ser monitorado: o relacionamento com o cliente. Os colaboradores do setor jurídico possuem diversos clientes internos nas companhias. A preocupação com o atendimento destes é fundamental para o reconhecimento da relevância do jurídico dentro da organização e para a projeção dos profissionais que o compõem. Compreender as expectativas dos clientes internos, atendê-las (e, preferencialmente superá-las) e mensurar o seu nível de satisfação deve ser uma premissa daquele jurídico corporativo que quer ter o “selo” da alta performance.

Concluindo: identifiquem os pontos mais relevantes a serem acompanhados em cada uma das perspectivas do seu negócio, planejem as ações adequadamente, construam bons procedimentos, monitorem os resultados e atuem buscando otimizar sempre, pois, agindo assim, terão uma advocacia de alta performance, não importando o seu ramo de atuação, complexidade e tamanho da sua estrutura.

Ricardo Oliveira

Ricardo Oliveira

Sócio Perroni Consultoria. Experiência na estruturação de departamento jurídico interno e implementação dos processos gerenciais. Graduado em Direito em 2001 (PUC-MG). Especialista em Direito da Economia e da Empresa em 2004 (Business Institute FGV-MG).

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