Gravidez e o mercado de trabalho

Gravidez e o mercado de trabalho

Muitas perguntas surgem na cabeça de uma mãe a partir do resultado positivo de gravidez. Dentre todas as perguntas, várias relacionadas ao trabalho. E agora? Como contar? Como essa notícia será recebida? Serei demitida? Mas para começarmos, devemos primeiramente esclarecer que este assunto não é só de mãe!

Há um estigma que gravidez está do lado oposto do mercado de trabalho, como se não pudessem coexistir, como se ao nascer uma mãe, morresse uma profissional. As mudanças, de fato, acontecem e, muitas vezes, para melhor.

A gravidez e a maternidade são momentos muito individuais e não há uma receita pronta de passo a passo ou um checklist para ir seguindo. A gestante deverá agir no momento em que se sentir segura para isso. E ter conhecimento das leis e dos seus direitos é uma das primeiras fontes de segurança.

Hoje a CLT, Consolidação das Leis do Trabalho, em seu texto, garante que a gestante não pode ser desligada da empresa sem justa causa. O benefício se estende desde o início da gestação até 120 dias após o parto, sem prejuízo do emprego e do salário, configurando a estabilidade provisória. Garantias se estendem também quanto à atividade a ser realizada, podendo a gestante ser realocada, direito a se ausentar para consultas e exames de rotina, dentre outros.

Para as empresas que compõem o Programa Empresa Cidadã, a licença maternidade se estende para 180 dias, uma alternativa muito humanitária, se considerarmos a orientação do Ministério da Saúde sobre amamentação exclusiva até os seis meses de idade da criança. Mas não deixando os pais de lado, o programa também estende a licença paternidade de 5 para 20 dias.

Então, é chegada a hora de dar a notícia. É muito importante que as empresas criem espaço de diálogos para que a novidade seja de fato algo positivo. O planejamento conjunto e acompanhamento de perto é a receita de sucesso. Se a funcionária está tendo o famoso mal estar inicial, o trabalho home office pode ser a solução que trará maior produtividade. Remanejar algumas funções, se abrir para conhecer essa nova pessoa que nasce (a mãe, e não o bebê) pode gerar grandes frutos à empresa.

Uma pesquisa feita pela Consultoria “Filhos no Currículo” aponta que 98% das pessoas entrevistadas, entre elas gestores, inclusive, afirmaram que perceberam mudanças positivas na mulher após a maternidade. Dentre as características citadas eles relataram que as mulheres ficaram mais empáticas, criativas, focadas e com melhor gestão do tempo. Ou seja, mudanças podem ser positivas sim, basta deixarmos de lado alguns tabus e estigmas culturais.

Uma pesquisa feita pela MindMiners em 2017, indicou que 47% das mulheres entrevistadas se sentiram rejeitadas em um processo seletivo por serem mães ou desejarem ser. Outro estudo da Fundação Getúlio Vargas aponta que 48% das mães não retornam ao trabalho em até dois anos após o nascimento das crianças.

É necessário lembrar que um dos papéis fundamentais do RH é defender a humanização do mercado de trabalho que contratam, nada menos que, seres humanos. Há inúmeras possibilidades para a experiência entre a maternidade e a vida profissional ser positiva em todas as esferas, mas ainda precisamos falar cada vez mais sobre este assunto trazendo conhecimento e derrubando preconceitos.

 

 

 

 

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